terça-feira, 5 de outubro de 2010

ROMANCE


Guel Arraes já deixou comprovada a sua competência em filmes como “O auto da compadecida” e “Lisbela e o Prisioneiro”. Em ambos, o jovem diretor encontra no tipo nordestino e na comédia regional um prato cheio para prender o público. Em Romance o diretor foge, pelo menos em parte, do estilo que o consagrou. De inicio, o filme é extremamente urbano, tendo como cenário São Paulo e Rio. É ali que se dá o complicado relacionamento entre Pedro, um jovem e talentoso dramaturgo e Ana, uma promissora atriz. Os dois se encontram durante os ensaios da peça Tristão e Isolda, e começam um complicado relacionamento em que as personagens se confundem com seus intérpretes. Ana quer filhos e almeja brilhar na TV; Pedro quer viver para o teatro e despreza o sucesso. A relação é interrompida quando Ana vai ser atriz de novela no Rio e Pedro fica com o teatro em Sampa. Entretanto, a história ganha novos contornos quando, Pedro é convidado para dirigir Ana em uma versão nordestina de Tristão e Isolda. E é nesse momento que Guel Arraes volta ao seu habitat cinematográfico. Contanto com as ótimas atuações de Wagner Moura, Letícia Sabetella, Andrea Beltrão, Vladimir Brichta e José Wilker, e com um diálogo impecável, Romance é daqueles filmes que deixa sempre a vontade de se assistir mais uma vez. Vale ainda pela participação pra lá de especial de Marcos Nanini, que tem sido um fiel freqüentador dos filmes de Guel Arraes. Então, é só alugar (ou comprar) e aproveitá-lo no sábado... e quem sabe no domingo, na segunda, talvez terça...


por Ronald Corrêa

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